domingo, 26 de julho de 2009

OS EVANGELHOS SINÓTICOS

OS EVANGELHOS SINÓTICOS


Os três primeiros evangelhos foram pela primeira vez chamados
“evangelhos sinóticos” por J.J. Griesbach, um estudioso da Bíblia de nacionalidade
alemã, no final do século XVIII. O adjetivo “sinótico” vem do grego (synopsis ) , que
significa “ver em conjunto”. Griesbach escolheu a palavra devido ao alto grau de
semelhanças entre Mateus, Marcos e Lucas em suas apresentações do ministério de
Jesus. Essas semelhanças, que envolvem estrutura, conteúdo e enfoque , são visíveis
mesmo ao leitor desatento. Elas servem não apenas para unir os três primeiros
evangelhos , mas também para separa-los do evangelho de João, que tem um propósito
especial e apresenta material que não se encontra nos demais evangelhos.
Mateus, Marcos e Lucas estruturam o ministério de Jesus de acordo com uma seqüência
geográfica geral: ministério da Galiléia, retirada para o norte ( tendo por clímax e ponto
de transição de Pedro ), ministério na Judéia e Peréia quando Jesus se dirigia para
Jerusalém ( algo não tão claro em Lucas ) e o ministério final em Jerusalém. Essa
seqüência está praticamente ausente em João, evangelho que se concentra no
ministério de Jesus em Jerusalém durante as visitas que periodicamente fazia a cidade
.Quanto ao conteúdo , os três primeiros evangelistas narram muitos dos mesmos
acontecimentos, concentrando-se nas curas, exorcismos e ensinos por meio de
parábolas realizados por Jesus. João , embora narre algumas curas significativas, não
traz qualquer relato de exorcismo nem parábolas ( pelo menos das do tipo encontrado
em Mateus, Marcos e Lucas ). Além disso, muitos dos acontecimentos que
consideramos característicos dos três primeiros evangelhos estão ausentes em João :
O envio dos Doze, a transfiguração, o sermão profético, a narrativa da última ceia. Ao
apresentarem Jesus constantemente em atividade e ao sobreporem ações -
especialmente milagres – e ensinos ( geralmente ) curtos, os primeiros três evangelistas
criam um clima de ação intensa e ininterrupta. Isso contrasta claramente com o clima
mais contemplativo de João, que narra bem menos acontecimentos do que evangelistas
Sinópticos e prefere apresentar Jesus fazendo longas dissertações em vez de
parábolas curtas ou declarações breves e expressivas.
A evolução dos Evangelhos Sinópticos : Como os evangelhos Sinópticos foram
escritos? Como os autores obtiveram as informações que utilizaram sobre Jesus ?
Porque os três relatos são parecidos em tantos lugares e tão diferentes em outros ? Qual
foi o papel dos próprios evangelistas – registrar a tradição ? Autores com um ponto
de vista próprio? E, para trazer a tona a questão maior que se oculta por trás de todas
as demais – por que quatro evangelhos ?
Tais perguntas e outras semelhantes tem sido a preocupação de cristãos zelosos desde
o inicio da igreja. Um cristão do século II, Taciano, combinou os quatro evangelhos
em seu Diatessaron, Agostinho escreveu um tratado intitulado A Harmonia do
Evangelhos. Os estudiosos, no entanto , tem se debruçado mais profundamente sobre
essas questões desde o surgimento da crítica bíblica modernas em fins do século
XVIII.

Um comentário:

  1. Eu sou da I.E.Q.cabanagem
    e o meu dom principal
    é o louvor.
    Paz seja comvosco.Amém!!!

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