quinta-feira, 31 de março de 2011

A Formação do Cânon do Novo Testamento

Nos primeiros séculos do cristianismo, muitos livros foram escritos sobre o ensinamento de Jesus e Seus apóstolos. A maioria destes livros nunca conseguiram fazer parte do Novo Testamento. Entre eles há títulos como O Evangelho de Filipe, Atos de João e Apocalipse de Pedro. Como a igreja primitiva decidiu quais livros incluir no Novo Testamento e quais rejeitar? Quando estas decisões foram tomadas e por quem? De acordo com Teabing “A Bíblia, conforme a conhecemos hoje, foi uma colagem composta pelo imperador romano Constantino, o grande” (220). Isto é verdade? A igreja primitiva tinha critérios definidos que tinham que ser cumpridos para que um livro fosse incluído no Novo Testamento. Como Bart Ehrman observa, um livro tinha que ser antigo, escrito próximo à época de Jesus. Este livro tinha que ser escrito por um apóstolo ou um companheiro de um apóstolo. Este livro tinha ser consistente com o entendimento ortodoxo da fé. E, ele tinha que ser amplamente reconhecido e aceito pela igreja Aqueles livros que não cumpriram estes critérios não foram incluídos no Novo Testamento. Quando estas decisões foram tomadas? E quem as tomou? Não houve um concílio ecumênico na igreja primitiva que oficialmente ordenou que os 27 livros que agora constam no Novo Testamento eram os livros certos. Ao contrário, o cânon gradualmente tomou forma à medida que a igreja reconheceu e abraçou aqueles livros que foram inspirados por Deus. A coleção mais antiga de livros “a circular entre as igrejas na primeira metade do segundo século” foram os quatro evangelhos e as cartas de Paulo Não foi até quando o herege Marcião publicou a sua versão do Novo Testamento em 144 d.C. que os líderes da igreja procuraram definir o cânon mais especificamente. No final do segundo século houve um crescente consenso de que o cânon deveria incluir os quatro evangelhos, Atos, e as treze epístolas paulinas, “as epístolas de outros ‘homens apostólicos’ e o Apocalipse de João”.O cânon Muratório, o qual data do fim do segundo século, reconheceu todo os livros do Novo Testamento, exceto Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro e 3 João. Semelhantemente, embora não identicamente, livros foram reconhecidos por Irineu na metade do segundo século e Orígenes no começo do terceiro século. Então, enquanto a listagem mais antiga de todos os livros no nosso Novo Testamento veio de Atanásio em 367 d.C., houve um amplo acordo na maioria destes livros, inclusive os quarto evangelhos, por volta do fim do segundo século. Compartilhando estas informações “com mansidão e temor” (1 Pedro 3:16), nós podemos ajudar nossos amigos a verem que o cânon do Novo Testamento não resultou de uma decisão feita por Constantino.

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