terça-feira, 8 de novembro de 2011

A LETRA MATA?

Estou me encaminhando para o termino do meu curso de Bacharelado em teologia em Dezembro, isto é, no mês que vem, "Oh Glória!" e como eu almejava estar assentado em uma cadeira de seminário para estudar a palavra de Deus a fundo, isto desde o dia em que aceitei Jesus em fevereiro de 1999.
Logo no inicio de minha conversão eu fora instruído por algumas pessoas serias e comprometidas com a obra de Deus a estudar bastante a Bíblia, pois lá se tratava ser a palavra de Deus. Como desde criança eu havia sido instruído a prática da leitura por meu pai minha mãe e tios educadores, sempre li incansavelmente. Agora passava a fazer parte do meu quadro de leitura a Bíblia Sagrada. Logo no inicio era a Bíblia e mais nada, foi então surgindo alguns livros de teologia, outros devocionais e a mente foi abrindo. Matriculei-me anos mais tarde, em cursos básicos de teologia, (pois não tinha idade e nem estudo para fazer faculdade teológica), oferecidas pela igreja mesmo, algumas palestras teológicas, e no meio de tudo isso sempre pregando a palavra de Deus na igreja, escola, ruas, etc. Mas como nem tudo é prefeito surgiu logo aqueles arquirrivais da teologia com aqueles conselhos. - Cuidado irmão a letra mata!.. Mas depois de algum tempo na academia de teologia, vi que minha fé não esfriou nenhum pouco, muito pelo contrario estou mais crente do que antes. E agora faço a tal pergunta – A LETRA REALMENTE MATA?
Vamos então a tal questão! Conheço varias pessoas que eram crentes fervorosos, pregadores avivalisticos do Evangelho, profetas, de fato ungidos de Deus, porem depois de entrarem em seminários se tornaram um bando de incrédulos, críticos e até mesmo liberais. O que aconteceu então com eles para se tornarem desse jeito? Foi a letra quem os matou, isto é, o estudo exaustivo da bíblia? Acho que esse não é o caso.
Vou citar aqui algumas possíveis explicações para esse fenômeno, me baseando na obra do Dr. Augustus Nicodemos, O ateísmo cristão e outras ameaças à igreja, SP 2011, um grande teólogo o qual muito me espelho e me identifico com seus escritos. Embora ele seja Calvinista e Não-pentecostal e eu Arminiano e pentecostal, seus escritos são de grande valia para muitos teólogos e leigos.
Na verdade o que mata mesmo não é a letra e sim imaturidade de jovens convertidos e até mesmos de velhos convertidos, que não tem nenhum preparo, espiritual, intelectual e emocional. Não são dotados de preparo bíblico para se manter vivo na fé. Não tem estrutura intelectual para lidar com os escritos liberais e com professores liberais em suas jornadas acadêmicas.
Alguns professores de seminários, até mesmo conservadores com a Teologia pentecostal e reformada são de fato uns liberais infiltrados em nossas igrejas, não crêem na infalibilidade da bíblia, nem mesmo acreditam mais em Deus. Acabam contaminando pessoas serias com Deus com seus liberalismos.
Por fim, não credito que a Letra que mata é a bíblia como muitos leigos e ignorantes espirituais e teológicos afirmam. Muito pelo contrario. E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... (Jo. Cap. 8 ver. 32) A letra que mata na Verdade não é a bíblia nem a teologia o que o apóstolo Paulo se referia a lei que está contida na Toráh.
A "letra" representa o "ministério da morte, gravado com letras em pedras" que foi dado aos israelitas através de Moisés (II. Co. 3:7, 3). O “Espírito” representa a nova aliança de Cristo, revelada através do Espírito Santo e escrita em nossos corações (II. Co. 3:3, 4,6,8).
No mesmo contexto de 2 Coríntios 3, Paulo enfatiza a importância da palavra revelada por Cristo. Ele destaca o valor da palavra de Deus (4:2), da verdade (4:2), do conhecimento da glória de Deus (4:6), da liberdade (3:17; veja João 8:32 para saber como encontramos esta liberdade), e de olhar no espelho que nos transforma (3:18; veja Tiago 1:23-25 para saber o que é este espelho). FRANCAMENTE irmãos a letra que mata não é a teologia mesmo!!

Por: Edrisse Pinho, Conferencista, (Th. B)

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