quarta-feira, 28 de março de 2012

Características da Poesia Hebraica

O povo hebreu foi marcado por um forte senso poético. Isso transparece em largas porções das Escrituras do Velho Testamento, que foram escritas na forma de poesia.
Os livros poéticos compreendem principalmente os Salmos, o livro de Jó, o livro de Cantares (ou Cântico dos Cânticos), o livro das Lamentações de Jeremias e extensas porções do livro de Isaías, além de outros textos espalhados pelos profetas e pelos livros históricos. A característica mais marcante da poesia hebraica é o seu paralelismo. Sua ênfase não era a rima de palavras, como na poesia ocidental, mas a rima de idéias. Os estudiosos classificam alguns tipos diferentes de paralelismo:

Paralelismo Sinônimo:
Idêntico, Sl 24:1
Semelhante, Sl 19:2
Paralelismo Antitético:
Sl 1:6
Paralelismo Sintético ou Construtivo:
Comparativo, Pv 15:17
Raciocínio, Pv 26:4
Paralelismo Climático:
Sl 29:1
(Neste tipo, a primeira linha sozinha está incompleta, e a segunda linha repete
algumas das suas palavras para completar o pensamento.)
Paralelismo Emblemático:
Pv 25:25; 11:22
(No paralelismo emblemático, a segunda linha fornece uma ilustração
figurativa, mas sem quaisquer palavras de contraste, simplesmente colocando
as duas idéias em justaposição. Em tal caso, a primeira linha serve como
emblema para ilustrar a segunda.)

O Livro de Salmos
1. Divisões
Seu título na Bíblia hebraica é “tehillim” ou “cânticos de louvor”. O título Salmos deriva da
palavra grega πσαλμοι- “Psalmoi”, que significa “cânticos a serem acompanhados por
instrumentos de cordas”.
Desde tempos antigos, os Salmos têm sido agrupados em cinco livros, com a finalidade
de corresponder aos cinco livros da Torá. As divisões são as seguintes:
Livro I - Salmos 1 a 41
Livro 2 - Salmos 42 a 72
Livro 3 - Salmos 73 a 89
Livro 4 - Salmos 90 a 106
Livro 5 - Salmos 107 a 150
2. Autoria e Data
Com exceção do Sl 72:20, nenhum Salmo menciona o nome de seu autor no próprio
texto. Na maioria dos Salmos, essa informação é dada no seu título. Reunindo-se os
Salmos que mencionam seus autores, podemos traçar o seguinte quadro de autoria
desses textos:
• Um Salmo de Moisés (Sl 90), durante o século XV a. C.
• Setenta e três Salmos escritos por Davi (a maioria nos livros 1 e 2), em torno
de 1020 e 975 a.C.
• Doze Salmos de Asafe (Sl 50; 73-83), aproximadamente na mesma época
dos Salmos davídicos.
• Dez Salmos dos filhos (descendentes) de Coré (Sl 42; 44-49; 87-88)
• Um ou dois de Salomão (Sl 72?; 127), em torno de 950 a.C.
• Um Salmo de Hemã, o ezraíta (Sl 88).
• Um Salmo de Etã, o ezraíta (Sl 89).
É difícil atribuir data aos Salmos escritos pelos filhos de Coré e pelos ezraítas; supõe-se
que sejam anteriores ao Exílio babilônico. O Salmo 137, que não tem título no hebraico, é
inconfundivelmente um Salmo exílico, enquanto o Salmo 126 foi escrito por volta de 500
a.C., logo no início do retorno do Exílio.

O Livro de Jó
Este livro, cuja autoria é controvertida, sendo que Moisés foi reputado durante muito
tempo como seu possível autor, é único nas Escrituras por se tratar praticamente de um
drama poético. Escrito em poesia, à exceção do seu prólogo e do seu epílogo, constituise
basicamente de discursos em torno de um mesmo assunto: por que Deus permite o
sofrimento na vida de pessoas justas?
Em geral, os amigos de Jó defendiam o ponto de vista segundo o qual o sofrimento é
sempre decorrência do pecado; por outro lado, Jó parte de um constante testemunho de
sua própria justiça para a verificação de que sua justiça significava pouco diante da
majestade do Senhor (Jó 42:1-6).
I. Prólogo: O Teste de Jó, 1:1 - 2:13
II. Falso Conforto dos Três Amigos, 3:1 - 31:40
A. Primeiro Ciclo de Discursos, 3:1 - 14:22
1. Lamentações de Jó, 3:1-26
2. Resposta de Elifaz, 4:1 - 5:27; réplica de Jó, 6:1 - 7:21
3. Resposta de Bildade, 8:1-22; réplica de Jó, 9:1 - 10:22
4. Resposta de Zofar, 11:1-20; réplica de Jó, 12:1 - 14:22.
B. Segundo Ciclo de Discursos, 15:1 - 21:34
1. Resposta de Elifaz, 15:1-35; réplica de Jó, 16:1 - 17:16
2. Resposta de Bildade, 18:1-21; réplica de Jó, 19:1-29
3. Resposta de Zofar, 20:1-29; réplica de Jó, 21:1-34.
C. Terceiro Ciclo de Discursos, 22:1 - 31:40
1. Resposta de Elifaz, 22:1-30; réplica de Jó, 23:1 - 24:25
2. Resposta de Bildade, 25:1-6; réplica de Jó, 26:1 - 31:40.
III. Os Discursos de Eliú, 32:1 - 37:24
A. Discurso 1: Deus instrui o homem através da aflição, 32:1 - 33:33
B. Discurso 2: Vindicadas a justiça e a prudência de Deus, 34:1-37
C. Discurso 3: As Vantagens da Piedade, 35:1-16
D. Discurso 4: A Grandeza de Deus e a Ignorância de Jó, 36:1- 37:24
IV. Os Discursos de Deus, 38:1 - 42:6
A. Discurso 1: A Onipotência de Deus na Criação, 38:1 - 40:5
B. Discurso 2: O Poder de Deus e a Fraqueza do Homem, 40:6 - 42:6
V. Epílogo: Deus repreende os amigos de Jó e restaura a este, 42:7-17.

Cantares de Salomão
O título hebraico deste livro é “Shir hash-shirim”, que significa “O cântico dos cânticos” ou
“o melhor dos cânticos”. Por causa de sua temática, este livro, que tem sido atribuído
inequivocamente a Salomão pelos estudiosos mais habilitados, quase esteve excluído do
cânon. Questionava-se entre os rabinos, após o Exílio, se esse livro teria algum valor
“religioso”. Durante muitos séculos, mesmo na igreja, ele foi aceito apenas porque
prevaleceu a forma alegórica de se interpretá-lo, vendo nele um símbolo para o
relacionamento entre Jesus e a igreja.
Precisamos salientar que essa esquizofrenia é alheia ao entendimento das Escrituras. O
livro possui um sentido alegórico, mas esse sentido existe em função da realidade que ele
demonstra: a beleza e a firmeza do verdadeiro amor conjugal. Da mesma forma, Paulo
fala de Cristo e da igreja em conexão com o seu ensino sobre o casamento correto (veja
Ef 5:24-32), e o entendimento quanto à realidade do relacionamento entre Jesus e a
igreja só é possível se o relacionamento entre marido e esposa for corretamente
valorizado. Na simbologia, uma realidade depende da outra.
Tradicionalmente, os Cantares têm sido compreendidos como a história de amor entre
Salomão e sua noiva camponesa, a Sulamita. No entanto, Ct 8:7 é o texto-chave desse
livro, e abre-nos a perspectiva de uma outra interpretação: a noiva é arrebatada de seu
amado por Salomão, que tenta de todas as maneiras fazê-la sua. O coração dela, no
entanto, pertence exclusivamente ao seu camponês, o qual igualmente não a esquece. A
resistência da noiva faz com que Salomão desista e a devolva ao seu amado - o que
ensina ao rei uma importante lição: “ainda que alguém desse todos os bens da sua casa
pelo amor, seria de todo desprezado”.
Ao mesmo tempo em que fornece-nos um paralelo simbólico lindo para o relacionamento
do Senhor Jesus com sua igreja, este livro coloca o amor conjugal num belíssimo
patamar. É significativo, principalmente para nossa consideração nestes dias em que
Deus tem restaurado famílias e relacionamentos conjugais, que no centro das Escrituras
haja um livro que trata exclusivamente de amor, romantismo e fidelidade - valores caros
ao coração do Senhor, que se menciona inúmeras vezes no VelhoTestamento como
esposo de seu povo.

Provérbios
O título hebraico deste livro é Misheley Shelõmõh – “Os Provérbios de Salomão”. O
termo hebraico traduzido como “provérbio” é mãshãl, que vem de uma raiz que significa
“paralelo” ou “semelhante”, e significa “uma descrição comparativa”.
O propósito do livro fica claro nos versículos iniciais (Pv 1:1-7):
• aprender a sabedoria, v. 2. Isto se consegue através do temor do Senhor, v. 7
• obter o ensino do bom proceder, v.3-6. Vemos que a ênfase está na prática correta, no
viver correto, sendo esta exatamente a mesma ênfase que o Novo Testamento coloca
na sã doutrina (veja Tt 2:1-10,12,14)
O temor do Senhor nos leva, necessariamente, a um viver correto, que evita o contato
com o pecado. Ao mesmo tempo, o livro de Provérbios apresenta uma série de conselhos
eminentemente práticos, mostrando que a verdadeira revelação não diz respeito
unicamente a assuntos “espirituais” (as Escrituras rejeitam enfaticamente toda dicotomia
entre natural e espiritual), mas transborda também para os assuntos cotidianos.
Autoria e Data
As seguintes seções de Provérbios parecem ser atribuídas a Salomão, filho de Davi:
a) 1:1-9:18, segundo 1:1
b) 10:1-22:16, segundo 10:1
c) 25:1-29:27, segundo 25:1, embora fossem selecionados e publicados por um comitê
nomeado pelo rei Ezequias (726-698 a.C.) Devemos lembrar que, segundo 1 Rs 4:32
a coletânea original dos provérbios de Salomão tinha nada menos do que três mil
provérbios. Sendo que o livro canônico dos provérbios contém apenas 800 versículos,
é óbvio que os escritos originais de Salomão continham bastante matéria para ser
selecionada.
Duas seções são atribuídas aos “sábios”, que não são especificados detalhadamente,
mas que sem dúvida pertenciam à mesma classe referida em 1 Rs 4:31. Há muitos
motivos para se crer que pertenciam a uma data anterior ao próprio Salomão, e que este
foi responsável por colecionar essa antologia sob sua própria redação.
Os ditados de Agur, filho de Jaque, são de origem incerta, sendo que não possuímos
quaisquer informações quanto à situação histórica, geográfica ou até étnica de Jaque.
Os ditados do rei Lemuel são certamente de origem não-israelita, mas é razoável supor
que ele fosse um príncipe do norte da Arábia, possivelmente vivendo numa área não
longe de Uz, que ainda conservava a fé no único Deus verdadeiro. Quanto a Pv 31:10-31,
há dúvida se esta bela descrição duma esposa perfeita é atribuída ao rei Lemuel, ou a
qualquer outro. O fato, porém, de ser composta como poesia acróstica ou alfabética de
vinte e duas linhas demonstra que é uma composição separada, e seu estilo tem pouca
semelhança aos primeiros nove versículos do capítulo 31.
1. Título e propósito, 1:1-6
2. Quinze lições de sabedoria, 1:7-9:18
a) 1:7-19 b) 1:20-33 c) 2:1-22 d) 3:1-18
e) 3:19-26 f) 3:27-35 g) 4:1-5:6 h) 5:7-23
i) 6:1-5 j) 6:6-11 l) 6:12-19 m) 6:20-35
n) 7:1-27 o) 8:1-36 p) 9:1-18
A maioria destes provérbios foi escrita na forma de cânticos mãshãl ou paralelos. Não há
uma coerência interna de todas essas canções, mas de certa forma, possuem uma
unidade interna, com uma multiformidade bem arranjada.
3. Provérbios adicionais de Salomão, 10:1-22:16
Uma série de aproximadamente 375 máximas curtas. Não são agrupadas conforme um
plano compreensivo, excetuando-se seções que são vinculadas por características
comuns.
4. Primeira série de ditados dos sábios, 22:17-24:22
Os sábios referidos podem ser, em parte, os mencionados em 1 Rs 4:31
5. Segunda série de ditados dos sábios, 24:23-34
6. Provérbios de Salomão, registrados pelos homens de Ezequias, 25:1-29:27
Esta seção não segue qualquer plano perceptível, mas contém algumas séries de
provérbios relacionados (por exemplo, 26:1-12, 13-16, 20-22).
7. Ditados de Agur, filho de Jaque, 30:1-33
Este capítulo contém um número excepcional do tipo middah (que significa “medida” ou
“número previsto”), tais como os versículos 15 a 17: “Há três coisas que nunca se fartam,
sim, quatro que não dizem: Basta...”
8. Ditados de Lemuel, 31:1-9
Advertência aos soberanos contra o uso de bebidas alcoólicas e uma exortação à
integridade no juízo.
9. A esposa perfeita, 31:10-31
Os padrões de virtude e talentos pelos quais uma esposa piedosa pode aquilatar sua
vida.

Eclesiastes
O título hebraico deste livro é Qõhelet, que significa, segundo parece, “o ofício do
pregador”, que depois se tornou o título do próprio pregador. É derivado da raiz qãhal,
que significa “convocar uma assembléia”, ou então “dirigir a palavra a uma assembléia”. O
autor dessa obra refere-se assim a si mesmo em numerosas passagens, e portanto, o
nome é aplicável à obra. O termo ecclesiastes, seu título na Septuaginta, é uma boa
tradução deste termo, e se deriva do termo grego ekklesia, que significa “assembléia”.
O propósito e o tema de Eclesiastes
O propósito de Eclesiastes era convencer os homens da inutilidade de qualquer ponto de
vista acerca do mundo (ou cosmovisão) que não se levante acima do horizonte do próprio
homem. Pronuncia o veredicto de “vaidade de vaidades” sobre qualquer filosofia de vida
que considera o mundo criado, ou o prazer humano, como sendo uma finalidade em si
mesmo. Considerar a felicidade pessoal como sendo o sumo bem da vida é pura estultícia
levando-se em conta o valor preeminente de Deus em contraste com Seu universo criado.
Não se pode nunca obter a felicidade colocando-a como um alvo a atingir, e tal atividade
envolve somente uma autodeificação ridícula. Tendo demonstrado a vaidade que há em
viver-se somente em prol de alvos mundanos, o autor prepara o caminho para uma
cosmovisão que reconhece Deus como sendo o valor supremo, que só atenta para o
significado real numa vida, se esta é dedicada ao Seu serviço. Só como veículo para a
expressão da sabedoria, bondade e verdade de Deus é que o próprio mundo tem
qualquer significado real. Somente a obra de Deus é que perdura, e só Ele pode conceder
valor eterno à vida e às atividades do homem. “Sei que tudo que Deus faz durará
eternamente, nada se lhe pode acrescentar, e nada lhe tirar” (Ec 3:14).
Autoria e Data de Eclesiastes
O autor desta obra se identifica como filho de Davi, rei em Jerusalém. Embora não
especifique que seu nome é Salomão, é razoável supor que a referência seja feita mais
ao sucessor direto de Davi do que a qualquer descendente posterior. Esta suposição é
confirmada por numerosas referências internas, tais como as referências à sua
incomparável sabedoria (1:16), suas riquezas sem igual (2:8), seu séquito de inúmeros
servos (2:7), suas oportunidades para o prazer carnal (2:3), e suas atividades extensivas
de construções (2:4-6). Nenhum outro descendente de Davi se enquadra nestas
especificações senão o próprio Salomão. O ponto de vista tradicional, tanto de eruditos
judeus como cristãos, tem sido, portanto, que Salomão, filho de Davi, escreveu o livro
inteiro. A tradição judaica em Baba Bathra 15a declara que “Ezequias e sua companhia
escreveram Eclesiastes”, o que provavelmente significa que Ezequias e seu grupo
simplesmente editaram e publicaram o texto. Em outros trechos, a tradição judaica é bem
explícita no sentido de que Salomão fosse o autor (por exemplo, em Megilla 7a e
Shabbath 30). Muito provavelmente Salomão escreveu este livro já no final da vida (haja
vista a maneira como ele se dirige aos jovens em diversos trechos, o que pressupõe que
ele já tivesse certa idade) e, se foi assim, provavelmente ele o escreveu após haver
experimentado o arrependimento e restauração.
1. Primeiro discurso: a vaidade da sabedoria humana, 1:1-2:26
a) tema básico: a vaidade do esforço e da experiência meramente humana, 1:1-3
b) demonstração do tema, 1:4-2:26
1. o ciclo da vida e da história humana, sem sentido, 1:4-11
2. a inutilidade final da sabedoria e da filosofia humanas, 1:12-18
3. a vaidade do gozo, do prazer e da riqueza, 2:1-11
4. a morte final até mesmo dos sábios, 2:12-17
5. a futilidade de deixar fruto de trabalhos árduos a herdeiros indignos, 2:18-23
6. a necessidade de ficar contente com a providência de Deus, 2:24-26
2. Segundo discurso: colocando-se em contato com as Leis que governam a vida,
3:1-5:20
a) atitude prudente, tendo em vista os fatos da vida e da morte, 3:1-22
1. é necessário reconhecer o tempo apropriado de cada atitude e experiência,
3:1-9
2. só Deus garante valores eternos, 3:10-15
3. Deus punirá os injustos, a morte virá para todos, 3:16-18
4. o homem precisa participar da morte física dos animais, 3:19,20
5. sem certeza da vida além, o homem precisa tirar o melhor proveito da vida
presente, 3:21,22
b) as decepções da vida na terra, 4:1-16
1. a crueldade e a miséria, 4:1-3
2. revelam-se as desvantagens do sucesso, da preguiça, da cobiça insaciável,
4:4-8
3. as provações da vida são melhor enfrentadas por dois do que um sozinho,
4:9-12
4. o sucesso político é instável, 4:13-16
c) a futilidade duma vida em procurar seu próprio bem, 5:1-20
1. presentear a Deus com sacrifícios falsos, palavras vãs, promessas não
cumpridas, é coisa vã, 5:1-7
2. a retribuição atinge os opressores, e a decepção chega aos cobiçosos, 5:8-17
3. desfrutar das dádivas de Deus com gratidão traz contentamento, 5:18-20
3. Terceiro discurso: não há satisfação nos bens e tesouros da terra, 6:1-8:17
a) a insuficiência das realizações estimadas pelo mundo, 6:1-12
1. nem as riquezas nem uma família grande podem oferecer satisfação final, 6:1-6
2. nem os sábios nem os tolos atingem a satisfação da alma, 6:7-9
3. sem Deus, o homem não pode discernir a verdadeira razão do viver, 6:10-12
b) conselhos de prudência neste mundo corrompido pelo pecado, 7:1-29
1. os verdadeiros valores se aquilatam melhor da perspectiva da tristeza e da
morte, 7:1-4
2. a alegria sem base, o ganho desonesto, e a falta de controle são apenas
obstáculos, 7:5-9
3. a sabedoria é mais vantajosa do que a riqueza, ao se enfrentar a vida, 7:10-12
4. Deus é o autor tanto de boa como de má sorte, 7:13,14
5. tanto o farisaísmo como a imoralidade levam à desgraça, 7:15-18
6. a sabedoria tem poder supremo, mas o pecado é universal, 7:19-20
7. não se deve fazer conta da malícia feita contra si próprio, 7:21,22
8. a busca humana pela sabedoria não pode atingir a verdade espiritual profunda,
7:23-25
9. uma mulher maligna é o pior dos males, 7:26
10.mas toda a raça humana desviou-se da bondade original, 7:27-29
c) sabendo enfrentar um mundo imperfeito, 8:1-17
1. o sábio reverencia a autoridade do governo, 8:1-5
2. a lei divina opera em nossa vida apesar de angústias, injustiças e a morte
inevitável, 8:6-9
3. apesar de estimados, e não punidos, os maus serão julgados por Deus, no final,
8:10-13
4. a injustiça nesta vida encoraja um hedonismo inconseqüente, 8:14,15
5. mas os caminhos de Deus são inescrutáveis à sabedoria humana, 8:16,17
4. Quarto discurso: Deus vai tratar das injustiças desta vida, 9:1-12:8
a) a morte é inevitável a todos; faça bom uso desta vida, 9:1-18
1. a morte é inevitável para os bons e os maus; a insanidade moral prende a
todos, 9:1-3
2. a escolha moral e o conhecimento desta vida terminam com a morte, 9:4-6
3. os fiéis devem fazer pleno uso das oportunidades e bênçãos da vida, 9:7-10
4. até para pessoas dignas, o sucesso é incerto e o tempo de vida imprevisível,
9:11,12
5. a sabedoria, por menos apreciada que seja, traz mais sucesso do que a força,
9:13-18
b) as incertezas da vida, e os prejudiciais efeitos da tolice, 10:1-20
1. mesmo um pouco de tolice pode arruinar a vida de um homem; seja prudente
na presença de príncipes, 10:1-4
2. a vida oferece revezes nas fortunas e golpes em retribuição, 10:5-11
3. um tolo é marcado por sua conversa vã e pelos seus esforços mal dirigidos,
10:12-15
4. o bem estar das nações e dos homens depende de aceitar a responsabilidade,
10:16-19
5. o desprezo da autoridade traz a retribuição certa, 10:20
c) como investir melhor uma vida, 11:1-12:8
1. a bondade volta com bênçãos ao benfeitor, 11:1,2
2. a sabedoria do homem não pode mudar ou sondar as leis divinas da natureza,
11:3-5
3. a maneira mais sábia de viver, é ser sempre diligente, aplicado e de bom
humor, 11:6-8
4. a juventude desperdiçada nos prazeres recebe a paga adequada, 11:9,10
5. comece a viver para Deus enquanto é jovem, antes da chegada das aflições e
da velhice, 12:1-8
5. Conclusão: a vida à luz da eternidade, 12:9-14
a) o propósito de Salomão era dar sábias instruções ao povo acerca da vida, 12:9,10
b) estas admoestações agudas têm mais valor prático do que qualquer literatura,
12:11,12
c) ponha a vontade de Deus em primeiro lugar, pois Seu julgamento é final, 12:13,14

EDRISSE PINHO: Teologo e Conferencista.

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